Quando no Chile, fui a Pucon, para fazer uma coisa que mais estava esperando fazer na viagem toda: escalar o vulcão Villarrica, que tem o pico nevado, e depois descer deslizando na neve. Sonhava com isso bem antes de decidir fazer o mochilão pela América Latina e foi a primeira coisa que listei no planejamento da viagem.
A cidade é linda, estilo europeu, emoldurada pelo vulcão branco. Cheguei, procurei uma agencia e marquei a subida para o dia seguinte. Já de manhã, ao chegar na base do vulcão, o tempo estava feio e o guia disse que era 50% de chance de conseguir subir. Talvez tivéssemos que voltar no meio do caminho, que era melhor deixar pro outro dia, mas que a decisão era nossa. Decisão coletiva de voltar e tentar no dia seguinte. Podia ser que, se eu quisesse subir, me encaixassem em algum grupo de outra agência. Mas decidi seguir o grupo: quem sabe amanhã não será um lindo dia?
Não havia mais nada para fazer na cidade com o tempo ruim e, pela primeira vez na viagem, fiquei entediada. Fui a um supermercado para comprar vinho. Diante de tanta opção, e para interagir com os locais, perguntei:
Qual vinho chileno é bom, você recomenda?
A resposta: – todo vinho chileno é bom. Pode pegar qualquer um.
Ok, fui para a agência então e fiquei degustando o vinho e assistindo um filme que eles colocaram. Chama-se Touching the void, sobre um escalador que fica perdido e quase morre. Pensei: é como passar “apertem os cintos que o piloto sumiu” em um avião! hahaha
Olhamos a previsão do tempo e vi que tinha feito a decisão errada: o mal tempo permaneceria pelos próximos 5 dias… Como eu tinha um prazo final, não poderia esperar todo este tempo.
No dia seguinte fui para Bariloche. Fiquei extremamente frustrada, principalmente quando no ônibus conheci um holandês que estava em outro grupo no dia anterior, eles decidiram subir e conseguiram!!!!
Enfim… um motivo para voltar ao Chile…
