Muita gente me pergunta como conseguir um trabalho em um navio. Portanto, aqui vai um post sobre isso:
O requisito básico é o idioma. É necessário ter um nível intermediário de inglês, que é a língua oficial entre os marinheiros. Se os passageiros são de alguma nacionalidade cuja língua não é o inglês (no meu caso: espanhóis) e você quer trabalhar em alguma função em contato com o público, também tem que dominar o idioma dos passageiros. Mesmo assim, tem muita gente que tem um inglês bem básico e consegue um emprego. Mas se você não fala o idioma dos passageiros, fica confinado a funções que não entra em contato com eles, que são menos interessantes (mais pesadas e salário menor).
Se você tem alguma experiência em alguma função em hotelaria ou que se necessite a bordo, como fotógrafo, cabeleireiro, artista, vendedor ou crupier, tem chances de trabalhar a bordo nestas áreas. Caso contrário, as agências fazem uma entrevista e análise de currículo para ver a função ideal para cada perfil. Há muita oportunidade para garçons e cleaners por exemplo, mesmo sem experiência. Em geral, sempre precisam de pessoal, porque há muita rotação, muita gente que desiste da vida de marinheiro e o mercado cresce cada vez mais.
Há duas maneiras para procurar trabalho em um navio:
1) Você pode buscar por internet as empresas de cruzeiro, ver as vagas que oferecem e enviar currículo diretamente a elas. (Esse foi meu caso e deu certo, mas meu curriculum era muito bom, pois tenho idiomas e tinha experiência com turismo…)
2) Pode fazer cadastro em alguma agência especializada. Geralmente cobram uma taxa, mas é mais garantia de contratação.
Alguns exemplos de agências no Brasil (atenção: não são recomendações pois não conheço os serviços dessas agências):
http://www.portsideagencia.com.br/
http://www.cruiselinesjobs.com/agencias-de-recrutamento/
http://www.infinitybrazil.com.br/
http://www.rosadosventosbrasil.com.br/
Comentários finais: para ajudar a decidir se é isso que você quer, leia os posts da seção “Vida de marinheira”. Ainda penso que é uma experiência extremamente desgastante (física e emocionalmente) e não a repetiria. Mas, como diz o poeta: tudo vale a pena se a alma não é pequena.
A bordo do mundo 