Os próximos 3 posts serão sobre algo que pode acontecer quando a gente viaja, inesperadamente: encontrar algum ídolo ou alguém famoso/a:
Em 2005, viajar me proporcionou o prazer de conhecer o Eduardo Galeano.
Ele é um escritor uruguaio, cujo livro mais conhecido é Veias Abertas da América Latina. Gosto muito dos seus escritos, sempre com um olhar político sobre as injustiças de nosso mundo.
Bom, meu professor de castelhano é uruguaio e me havia dito que Galeano está sempre no Café Brasil, em Montevideo, às 17 horas.
Então, quando fui a esta cidade, mais ou menos às 16h30, estava andando pelo centro histórico e dei de cara com este café. Vi uma movimentação do lado de fora, cheio de cabos e luzes e perguntei o que estava acontecendo.
– Tem um escritor aí dentro dando uma entrevista.
Olhei pelo vidro e era ele! Entrevistado por um canal de tv venezuelano. Isto não foi muito bom para mim, pois creio que ele se cansou e foi embora rápido. Mas não sem antes eu trocar umas palavras com ele. Não deu para tomar um café conversando sobre política, mas deu para: dizer o quanto gosto de seus textos, ganhar três beijos e três abraços (isso em 5 minutos, alias, quando ele saiu do café e eu estava na porta com um sorriso nervoso, ele foi me vendo e já me abraçando), tirar uma foto, escutar que falo bem o castelhano, que o livro preferido dele é o Livro dos Abraços e algumas cositas mais.
Sei que é momento fã total, senti-me como as fãs de Ricky Martín que tinha visto alguns dias antes em frente a um hotel em Buenos Aires, mas não posso negar que fiquei emocionada.
