Algumas coisas no navio, se acontecessem no Brasil ou em vários outros países, sei que seriam ilegais. Mas dentro de um navio parece que nem todas as leis prevalecem. Eles arranjam uma confusão entre: o navio é de bandeira de tal país, a empresa e do outro, a companhia, de um terceiro.
Quem sabe alguém que entenda de direito internacional possa esclarecer?
1) Antes de embarcar o tripulante tem que fazer exames. Entre eles o anti-HIV. Eles não contratam quem é soropostivo.
2) O passaporte dos tripulantes fica retido no barco do primeiro ao último dia de contrato (a desculpa é porque se um tripulante fica ilegalmente num país, a empresa paga uma multa alta).
3) Teoricamente os tripulantes têm um número máximo de horas de trabalho por semana. Têm que preencher e assinar uma folha com as “horas trabalhadas”. O problema é que a maioria trabalha muito mais horas que as permitidas e é obrigada a colocar menos horas na folha do que as realmente trabalhadas.
4) Por fim, a mais óbvia: os tripulantes trabalham cerca de 16 horas por dia, 7 dias por semana durante o tempo do contrato, que é mínimo de 6 meses. Sem nenhum dia oficial de descanso!
A bordo do mundo 