Tive a interessante experiência de visitar o México no mês de setembro. Este é o mês da pátria: celebra-se a independência do país. Deu inveja do nacionalismo. Por todos os lados via a bandeira mexicana, suas cores, ambulantes vendendo tudo quanto é coisa com motivos mexicanos, comidas verde, branca e vermelhas, vitrines decoradas, prédios públicos adornados com imagens dos heróis da independência.

Em Puebla, presenciei alunos de uns 10 anos de idade fazendo a guarda da bandeira no prédio do governo: ficavam parados imóveis, em posição de sentido, ao lado da bandeira. Em sistema de revezamento, cada aluno fica cerca de uma hora, de modo que a bandeira estava sempre “guardada”.

No dia 15, ocorre “El grito“: os mexicanos se reúnem na praça principal das cidades com seus sombreros, bandeiras, caras pintadas com as cores do país e, claro, muita tequila. O prefeito ou o governador ou o presidente (no caso do DF) começa a dizer:
Viva fulano de tal (os heróis da independência)!

E o povo responde: Viva!
Viva beltrano! Viva!
Fala uns dez nomes e depois:
Viva México! Viva!
Viva México! Viva!
Viva México! Viva!
E todos começam a dançar e cantar o hino, enquanto soltam fogos de artifício com as cores do México.
É um grande acontecimento!
As pessoas se perguntam onde vão estar no dia 15, saem, vão a bares
ou se reúnem nas casas. Como definiu um jornal local: é o dia em que se faz tudo o que não se pode nos outros 364 dias do ano.

Definição que me lembrou nosso carnaval…

Camelô mexicano
Camelô mexicano
Heróis e bandeira mexicana no DF
Heróis e bandeira mexicana no DF
Mexicano com sombrero e tequila
Mexicano com sombrero e tequila