La Paz, na Bolívia, é diferente de tudo quanto tinha visto. Tive o privilégio de chegar de ônibus e à cidade, que é num vale (a mais de 3 mil metros de altitude), foi se abrindo aos meus pés, de maneira incrível! As casas parecem estar uma em cima das outras. A cordilheira real, com picos enormes e nevados, rodeia a cidade. Umas rochas arenosas se interpõem no meio da cidade, com pontas que lembram catedrais góticas.  Você nunca anda reto em La Paz: está ou subindo ou descendo. Mole para uma belo-horizontina, vocês podem pensar. Mas, naquela altitude, eu dava dois passos morro acima e parecia que tinha corrido uma maratona, de tão cansada.

O transito é uma loucura, para quem não está acostumado. Quase não há semáforos. Então nos cruzamentos vale a lei do mais forte. Você vê 5 carros, cada um apontado para um lado e, de alguma maneira, se ajeitam para passar. Podem imaginar a loucura que é para atravessar uma avenida mais movimentada. Contudo, o mais incrível é que não há acidentes automobilísticos! Parece que o pessoal, já acostumado, é extremamente cuidadoso e, como não dá pra correr muito nessas ladeiras, a freada sempre é a tempo.

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