Sempre escutei tanto “respeite o espaço do outro, não incomode”, que até evitava pedir coisas para as outras pessoas, para não incomodar. Mas para rodar o mundo, tive que aprender a pedir.
Pedi informações: Onde fica o albergue tal, a rua tal?
Pedi ajuda: Pode me ajudar a colocar a mochila ali em cima?
Pedi socorro: Quando um homem me perseguiu em Praga, tive que gritar “help” (socorro) no meio da rua.
Pedi favores: oi. Sou a amiga do cunhado do irmão do seu papagaio. Posso ficar na sua casa por uns dias?
A grande maioria dos pedidos era para pessoas inicialmente estranhas. Isso foi um bom treino para mim. Tive que vencer quase diariamente a vergonha e o “orgulho” e pedir. Sei que ajudei algumas pessoas do caminho também (traduzindo, informando…). É não é que é sensação de ser ajudada é tão boa quanto a de ajudar?
Na verdade, pedir um favor é também exercitar a humildade, é reconhecer que não podemos tudo, que não vivemos sem o outro, seja que outro for…
Na verdade, pedir favores talvez seja uma forma de mostrar a nossa fragilidade e a nossa vulnerabilidade, por isto seja algo muitas vezes difícil pra nós. Mas atravessar esta porta nos faz melhores!!
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Isso é verdade. E se tem algo que descobri foi minha fragilidade, foi depender dos outros…
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