Parte do meu trabalho na faculdade é selecionar estudantes candidatos a intercâmbio. Na carta de intenção de uma aluna, ela colocou a seguinte frase:

“A vida é um livro e quem não viaja lê apenas a primeira página” (Santo Agostinho)

Adoro o que escreve Agostinho, mas não sei se posso concordar totalmente. Ele quis dizer que quem não viaja fica na superficialidade?
Concordo que quem viaja e, assim, encontra o diferente, tem uma rica oportunidade de se conhecer (e ao mundo) melhor. Mas acredito que existam outras maneiras para que isso aconteça, como ler um bom livro. Ou entrar em contato com pessoas de outros países. Ok, há coisas que só acontecem em viagens como quando nos colocamos em alguma situação inédita (e inusitada) e temos que nos virar de qualquer maneira para resolver. Infelizmente, nem todos sabem aproveitar o momento de viajar para sair de sua zona de conforto. Virei conselheira informal de viagens e vejo que muita gente simplesmente não consegue dar lugar ao imponderável: quer tudo programadinho para não ter erro ou stress.
Mas… tem como tudo sair certo mesmo estando no nosso lugar de sempre?