Curiosidades da Tailândia

Algumas curiosidades da Tailândia, país que conjuga beleza, cultura e custo acessível.

Fomos à Tailândia poucos meses antes do rei Bhumibol Adulyadej falecer. Já estamos acostumados com a monarquia inglesa, mas na Tailândia o monarca é uma figura para ser reverenciada. Fotos do rei e da rainha estão por todas as partes. Não se pode falar mal deles. Nem mesmo pode-se pisar em uma nota de baht (o dinheiro de lá), para evitar que ela voe por exemplo. Isso porque as notas têm estampadas a imagem do rei e claro que é ofensa grave pisar na imagem dele!

Antes de toda sessão de cinema, toca-se o hino em homenagem ao rei e as pessoas devem se levantar. Na teoria, pois fomos ao cinema lá e, das outras pessoas presentes, nem todas se levantaram.

Com uma forte influência budista, a reverência se expande à figura do Buda. Há vários cartazes nos lugares turísticos dizendo que é ilegal vender e comprar objetos estampados com imagem do Buda. Vimos pessoas vendendo almofadas, cangas e outras coisas com a imagem do Buda, mas se forem pegas, devem pagar multa.

Além disso, segundo nosso guia é desrespeitoso posar em frente à imagem do Buda, virando as costas para o mesmo. Há vários templos com buda de ouro, de esmeralda, reclinado, gigante, etc. Naturalmente o turista pára em frente às estátuas e se vira para a câmera para registrar o momento. Confesso que praticamente todo mundo faz assim e não vimos ninguém reprimir algum turista por isso. Fica mais no plano pessoal. Nós decidimos respeitar a cultura local e não posamos em frente ao Buda após aprender essa questão cultural. Confesso que foi difícil pois é quase um instinto de viajante.

Uma imagem comum na Tailândia é ver os monges budistas, com seus mantos alaranjados. Você os vê nos templos, mas também nas ruas, fazendo coisas mundanas, comendo, comprando, andando de moto… Há também etiqueta em relação a eles, que fica mais restrita aos locais e não tanto aos turistas: quando se está andando e passa-se por um monge, deve-se abaixar ligeiramente a cabeça.

Os monges não podem tocar em mulher. Se uma mulher precisa entregar algo a eles, para não correr o risco de encostar as mãos, elas colocam o objeto no chão ou na mesa perto deles. Mulheres também não se sentam ao lado de monge no transporte público.

Há um gesto que os tailandeses usam bastante: juntam as duas mãos como em oração, em frente ao peito, e reclinam a cabeça. Usam para cumprimentar e também para dizer tchau e obrigada. Achei legal e também útil, pois ajuda a sinalizar a intenção de partir. Sempre que alguém se aproximava para oferecer um tour, transporte ou tentar vender algo, fazíamos o gesto, em uma maneira educada de agradecer e cortar a conversa, para a pessoa não ficar insistindo. Funcionou na maioria das vezes.

Outro fato que nos chamou a atenção é que para entrar no metrô em Bangkok e em diversos lugares públicos, como shoppings, deve-se passar por um controle de segurança. Há detectores de metal e todos devem abrir as bolsas e mochilas para mostrar aos seguranças. Isso causa filas, principalmente no metrô. É um incômodo quando se está com mochilas e sacolas. No entanto, como é o caso em várias questões na Tailândia, pelo menos para os turistas esse controle era mais uma questão protocolar: os seguranças nem olhavam dentro da mochila. É mais para inglês ver. Por isso, toda vez que nós passávamos por essa revista, eu virava para o Chris (meu esposo é da Inglaterra) e perguntava: você viu?

Por fim, vi um pessoal jogando uma espécie de futevôlei com uma bola de palha nas ruas de Bangkok. Vejam abaixo.