Durante minhas temporadas embarcada, vi diversas histórias de marinheiro. Compartilho com vocês 3 que me chamaram mais atenção. Os nomes são fictícios, as nacionalidades não.
Carmen, hondurenha, faxineira. Tem 5 filhos e seu marido batia nela e nos filhos. Foram 20 anos de sofrimento até que começou a trabalhar num barco. Com este emprego conseguiu a independência financeira para separar-se e criar os filhos longe do marido. Ela não gosta do trabalho, mas diz que o navio é o céu para ela porque pôde livrar-se do marido e sustentar os filhos, mesmo que isso signifique sacrificar a convivência com eles.
Um casal de garçons latinos, depois de alguns meses a bordo pegou o dinheiro que ganhou e ficou em Barcelona, Espanha. Eles não voltaram ao barco, deixando para trás documentos e a maioria das roupas e objetos pessoais. Passado uma semana, a moça ligou para o barco desesperada porque haviam aberto uma conta no nome do namorado, depositado todo o dinheiro dos dois ali e este a deixou, roubando tudo o que tinha. Ela pedia para ser readmitida ou ajuda para voltar ao seu país.
Rajee, indiano, faxineiro, trabalha há anos em cruzeiros. É casado e criou dois filhos vendo-os somente um par de meses ao ano. Eu perguntei:
– Nossa, quando você está em casa deve ficar o tempo todo com seus filhos, não é?
– Não. Não me aproximo muito para que não se acostumem com minha presença e sofram cada vez que embarco.
Muito interessante suas dicas! Muita história pra contar. Em breve vou iniciar meu primeiro contrato, espero adquirir muita experiência de vida tb. Parabéns pelo blog. Abraço
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Bem vinda a bordo Samylle. Obrigada pela visita e pelas palavras.
Bons ventos e passe por aqui para contar sa experiência.
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nossa to amandoooo os seu postes.. nosssaa amandoo memsoo.. to preste a embarcarr ..
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Bem vinda a bordo!
Que bom que gostou. Bons ventos, marinheira! Passe por aqui pra contar depois.
Abraços
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OLÁ
ESTOU TENTANDO ESCREVER MINHA MONOGRAFIA SOBRE O DIREITO DO TRABALHADOR BRASILEIRO EM NAVIOS CRUZEIROS E GOSTARIA DE SOLICITAR MATERIAL SOBRE ESSE ASSUNTO.
AGUARDO SUA RESPOSTA,
GIOVANA SOARES
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Giovana, direitos do trabalhador em um navio? nunca ouvi falar disso. Sinto que vai ser uma monografia curta. rsrsrs
Bom, que material que você quer? se ler a seção vida de marinheira, poderá ver muitas histórias. O que posso fazer é te enviar o contrato, acho que tenho em algum lugar. É só me pedir que envio pro seu mail. Boa sorte
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Oi Ana!!
Primeiro queria dizer que estou amando seu blog, você escreve muito bem, eu sinto como se estivesse viajando também.
Bom na verdade queria perguntar sobre sua experiência como marinheira. Eu sou jornalista, mas estou muito desiludida com a área. Você como comunicadora deve saber porque né? Sempre achei interessante a proposta de trabalhar em navios apesar de ter consciência do trabalho duro e das dificuldades a bordo. Estou em trâmites para meu primeiro embarque, mas minha maior insegurança é: como será quando eu voltar em terra? Será que conseguirei voltar à minha área de formação? Ou vão rir da minha cara quando eu disser que passei um tempo trampando de garçonete num navio?
Como foi quando você desembarcou e começou a procurar emprego de novo?
Continue com o blog, está muito massa!!!
Abraços!
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Bem vinda a bordo do blog Juliana.
Obrigada pelo comentário.
Bom, eu penso que temor pelo que acontecerá depois não deve ser motivo de desistência. Essa experiência só vai enriquecer seu currículo.
As coisas mudam muito e talvez na volta você pense em outros horizontes, para os quais o trampo a bordo só vai ter ajudado. rsrsrs
Quando voltei no meu cv fiz questão de colocar uma parte de experiências internacionais, entre elas essa.
Agora, você vai mesmo de garçonete? Ganha bem mas é muiiito pesado fisicamente. Talvez você tenha condições de um cargo mais tranquis, que atende clientes. Bom, vai depender se fala algum idioma.
Enfim, tudo vale a pena se a alma não é pequena. Vá com fé.
A volta são outros quinhentos…
Bons ventos.
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Show
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