Continuando a saga…. parte II:

…Chegando lá, bem cedinho, perguntei a tal Clara se havia um alemão hospedado ali. Ela falou que sim e que ele iria fazer um tour com ela (que era guia turística também) às 9 horas da manhã. Coloquei minhas coisas no quarto e fiquei no saguão esperando o tal tour. Quando Frank desceu, ele me viu, falou “oi”  virou as costas! Nem veio falar comigo! (depois ele me explicou suas razões). Então comecei a conversar em inglês com um homem que estava sentado também aguardando o tour. Super simpático e risonho, era Chris, inglês e o segundo mosqueteiro. Lembro que ainda comentei: nossa, você nem parece inglês, cujo estereotipo é de pessoas mais frias, distantes. Ele riu e falou que não era um inglês típico mesmo…

Ele não estava hospedado ali, mas veio fazer um tour indicado por uma agência como o lugar que oferecia tours em inglês.

Logo o terceiro mosqueteiro entra: um italiano, Christian, falando em “italinhol” que queria fazer um tour e disseram que a única que guia em italiano era Clara.

Nos entreolhamos os 4, nos perguntando se ela ia dar o tour em 3 línguas ao mesmo tempo.

Mas logo ela chega e fala que seu marido era inglês e que daria o tour em inglês para Frank e Chris, enquanto Christian e eu ficaríamos com ela, que falaria em espanhol e italiano.

Eles não tinham veículos próprio, então, fomos em 2 taxis, dois grupos distintos. Só que ela não falava quase nada em italiano. Falava em espanhol e soltava algumas palavras em italiano.

No meio do tour o marido voltou para casa, porque não se sentia bem. Então ficamos os 4 reunidos e ela misturava as 3 línguas completamente, criando uma linguagem própria. A gente já estava se divertindo com isso, tentando traduzir o que ela falava, mas virou realmente uma aventura, quando, ao ir de uma ruína a outra, pegamos um táxi somente. O grandão Chris foi na frente, nós 3 no banco de trás. E a Clara? No porta-malas!!! Isso mesmo: o porta-malas aberto e ela sentadinha lá, gritando para a gente os locais pelos quais passávamos. Mai informal impossível.

Agora o que de inusitado mesmo aconteceu no tour foi com uma excursão escolar de garotas peruanas, que também visitava as ruínas. Mas isso fica pro próximo post. Até lá!

A Clara, explicando as ruinas